quinta-feira, 27 de março de 2008

Como havemos de estar

"O Teatrão" estreia esta quinta-feira o espectáculo "Como havemos de estar"ou de como a mente mente e é demente…
Encenação de Nuno Pino Custódio


"(...) a necessidade de reflectir sobre o viver-se hoje e do sentido de se ser criador aqui e agora. Actualmente. Num tempo onde cada vez menos há tempo presente quando o Teatro é, na verdade, a arte da presença e do presente. Numa sociedade tão consumista, que só pode trabalhar o ego como o ponto de chegada de um indivíduo e a sua mente no espaço privilegiado da presença, como podemos pensar em fazer teatro? Com quem, aliás, podemos criá-lo ou senti-lo? Onde e quando? Que necessidade, que premência de facto existirá hoje na sua prática? (...) É aqui que se vão formando as personagens, que estas desenham situações, acções, acontecimentos. É aqui que tudo se sedimenta e o que dantes era improvisação agora já é partitura de uma peça. É aqui que, finalmente, fazendo jus a todos os desassossegos de um “como havemos de estar” se procurou criar uma plataforma que permita um encontro: a possibilidade de “quem faz” e “quem vê” se poderem encontrar algum dia, alguma hora, num mesmo local, mas num tempo outro, mais presente e actual que o agora da sua comparência: no temp(l)o do Teatro.

Coimbra, de 27 de Março a 4 de Maio
4ª a Sábado às 21h30 / Domingo às 17h00
Museu dos Transportes / M 12 anos
preço: 8€ Estudante 5€ Grupo de 10 ou + pessoas 3€
Informações e reservas: 239 714 013 /91 461 73 83

27 de Março

Dia Mundial do Teatro 2008 - Mensagem de Robert Lepage

Robert Lepage, actor, encenador e dramaturgo canadiano é o autor da Mensagem para o Dia Mundial do Teatro 2008. Aqui está ela:
"Existem várias hipóteses sobre as origens do teatro, mas aquela que me interpela mais tem a forma de uma fábula:Uma noite, na alvorada dos tempos, um grupo de homens juntou-se numa pedreira para se aquecer em volta de uma fogueira e para contar histórias. De repente, um deles teve a ideia de se levantar e usar a sua sombra para ilustrar o seu conto.Usando a luz das chamas ele fez aparecer nas paredes da pedreira, personagens maiores que o natural. Deslumbrados, os outros reconheceram por sua vez o forte e o débil, o opressor e o oprimido, o deus e o mortal.Actualmente, a luz dos projectores substituiu a original fogueira ao ar livre, e a maquinaria de cena, as paredes da pedreira.E com todo o respeito por certos puristas, esta fábula lembra-nos que a tecnologia está presente desde os primórdios do teatro e que não deve ser entendida como uma ameaça, mas sim como um elemento unificador.A sobrevivência da arte teatral depende da sua capacidade de se reinventar abraçando novos instrumentos e novas linguagens. Senão, como poderá o teatro continuar a ser testemunha das grandes questões da sua época e promover a compreensão entre povos sem ter, em si mesmo, um espírito de abertura? Como poderá ele orgulhar-se de nos oferecer soluções para os problemas da intolerância, da exclusão e do racismo se, na sua própria prática, resistiu a toda a fusão e integração?Para representar o mundo em toda a sua complexidade, o artista deve propor novas formas e ideias, e confiar na inteligência do espectador, que é capaz de distinguir a silhueta da humanidade neste perpétuo jogo de luz e sombra.É verdade que a brincar demasiado com o fogo, o homem corre o risco de se queimar, mas ganha igualmente a possibilidade de deslumbrar e iluminar."Robert Lepage

domingo, 9 de março de 2008

Gary Lucas + Dead Combo em Coimbra

















Coimbra em Blues - 6º Festival Internacional de Blues de Coimbra.

"O Coimbra em Blues 2008 tem o enorme prazer de apresentar a sua primeira “encomenda”, que cruza o Fado/Blues/western dos Portugueses Dead Combo – um dos mais interessantes e promissores projectos portugueses dos últimos anos – com o Blues/Jazz/Psicadélico do norte-americano Gary Lucas. Dele bastará dizer que tocou com Captain Beefheart, Nick Cave, John Cale, Iggy Pop, Eric Mingus, entre muitas dezenas de outros nomes.
Deste encontro – que partiu de duas músicas de cada projecto trabalhadas em conjunto e uma semana de residência artística em Coimbra – resultará o projecto inédito que poderá ser ouvido em exclusivo na noite de estreia do festival. Acreditamos que irá ser surpreendente."

COIMBRA, Teatro Acamdémico de Gil Vicente
quinta-feira, 13 de Março, 21h30
Preço normal 12,00€ | estudante e sénior 10,00€
Horário bilheteira do TAGV: seg a sáb 17h00-22h00
Telefone: 239 855 636