Teve ela ainda a glória infeliz de ver livros seus apreendidos e queimados em praça pública, na Lisboa de 1923, juntamente com obras de António Botto e Raul Leal. O perfil libertário e provocatório de Judith faz dela, só por si, uma personalidade fascinante para que a cena a reinvente.
À personagem transformista de Daisy Mason, recriada pelo autor a partir de Álvaro de Campos, junta-se na cena Ofélia Queiroz, a namorada vitalícia de Pessoa que, inesperadamente, dá nome a este cabaré no Odre Marítimo, e ainda a «estranha» Cecily, que Daisy adopta como filha, arrancando-a à vida das ruas do Rio de Janeiro, em 1915, quando essa «diva da poesia e do music-hall» apresenta em digressão um show/recital na cidade brasileira, dedicado aos poetas de Orpheu.
Cabaré de Ofélia é uma odisseia insubmissa, cosmopolita e lusófona, que lança o repto por um teatro vivo de portuguesa origem que arrisque e reinvente a comunicação cénica com palavras e música.
Cabaré de Ofélia é uma odisseia insubmissa, cosmopolita e lusófona, que lança o repto por um teatro vivo de portuguesa origem que arrisque e reinvente a comunicação cénica com palavras e música.
Lisboa, Teatro da Trindade - Largo da Trindade, 7 A
de 09 a 21 de Janeiro
Quarta a sábado às 21h30
Domingo às 16h00
12€ (sujeitos a descontos)
M/16 / Tef:213420000
Encenação: Cláudio Hochman
Cenografia e figurinos: Sara Machado da Graça
Interpretação: Catarina Matos, Hugo Sovelas e Rosário Gonzaga
Direcção Musical: Ulf Ding
Músicos: Ulf Ding, João Bastos, Luís Cardoso
Iluminação: João Carlos Marques
Construção: Tomé Baixinho, Tomé Antas, Paulo Carocho
Confecção de Figurinos: Andreia Rocha e Ana Sabino
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