2010 - Iniciamos mais um processo! Encenador, Filipe Eusébio. A peça, “Só o Faraó tem alma” de Silveira Sampaio.
Estávamos numa reunião de produção quando o Filipe propôs que cada elemento do elenco semanalmente escrevesse uns parágrafos sobre a sua visão do processo. Esta semana calhou-me a mim.
Então comecemos do início…. A primeira vez que reunimos com o Filipe foi sem a surpresa inicial do “quem és?”, dado o Filipe já ter sido elemento do grupo durante muitos anos e ter-se afastado exactamente para seguir uma carreira profissional. Assim, propusemos que ele nos desse três propostas de textos para lermos em grupo e decidirmos em conjunto aquele que achávamos que seria o mais adequado ao que queríamos fazer neste momento. Algo que foi consensual foi querermos trabalhar um texto, uma peça que nos permitisse trabalhar as personagens de uma forma mais completa e ter um trabalho de actor mais denso.
No primeiro ensaio com texto apercebi-me que não íamos sair da mesa tão cedo, um método que me pareceu estranho pois nunca tinha trabalhado assim. Geralmente o encenador chega com tudo delineado e distribui, ou seja, um trabalho de mesa rápido e conciso e depois, fazer! Começamos a esmiuçar texto e a delinear os objectivos dos personagens. Ora então este personagem quer…… Uma tarefa aparentemente fácil mas que se tornou um desafio para todos nós. Algo que me fascinou pois, através da condução de pensamento do encenador, fomos nós que chegamos a uma conclusão através da discussão colectiva. Agravado por outra questão: “Então eu vou ficar sentada aqui estas horas todas?!?!?”. Aqui começou o primeiro desafio, trabalhar uma disponibilidade diferente para o trabalho. Observando o grupo e o que o Filipe nos queria transmitir através do seu método de trabalho, apercebi-me que efectivamente quando nos sentámos na mesa para trabalhar temos que ter uma energia e que essa energia ressente-se no grupo de trabalho. Antes de fazer temos que perceber o que fazer!! Esta está a ser a grande novidade para mim, a descoberta do texto!
Quanto ao elenco, somos três homens e cinco mulheres, duas das quais será a primeira vez que trabalham com o grupo. Confesso que cada vez que me sento para um novo projecto tenho imensa necessidade de “sentir” o grupo de trabalho e apesar de estarmos sentados a ler texto e a discutir personagens e a actualidade, sinto que já somos um grupo, que já criamos um “ninho”.
Agora é como diz o Filipe, a peça será aquilo que fizermos dela. Então….. mãos á obra!
Estávamos numa reunião de produção quando o Filipe propôs que cada elemento do elenco semanalmente escrevesse uns parágrafos sobre a sua visão do processo. Esta semana calhou-me a mim.
Então comecemos do início…. A primeira vez que reunimos com o Filipe foi sem a surpresa inicial do “quem és?”, dado o Filipe já ter sido elemento do grupo durante muitos anos e ter-se afastado exactamente para seguir uma carreira profissional. Assim, propusemos que ele nos desse três propostas de textos para lermos em grupo e decidirmos em conjunto aquele que achávamos que seria o mais adequado ao que queríamos fazer neste momento. Algo que foi consensual foi querermos trabalhar um texto, uma peça que nos permitisse trabalhar as personagens de uma forma mais completa e ter um trabalho de actor mais denso.
No primeiro ensaio com texto apercebi-me que não íamos sair da mesa tão cedo, um método que me pareceu estranho pois nunca tinha trabalhado assim. Geralmente o encenador chega com tudo delineado e distribui, ou seja, um trabalho de mesa rápido e conciso e depois, fazer! Começamos a esmiuçar texto e a delinear os objectivos dos personagens. Ora então este personagem quer…… Uma tarefa aparentemente fácil mas que se tornou um desafio para todos nós. Algo que me fascinou pois, através da condução de pensamento do encenador, fomos nós que chegamos a uma conclusão através da discussão colectiva. Agravado por outra questão: “Então eu vou ficar sentada aqui estas horas todas?!?!?”. Aqui começou o primeiro desafio, trabalhar uma disponibilidade diferente para o trabalho. Observando o grupo e o que o Filipe nos queria transmitir através do seu método de trabalho, apercebi-me que efectivamente quando nos sentámos na mesa para trabalhar temos que ter uma energia e que essa energia ressente-se no grupo de trabalho. Antes de fazer temos que perceber o que fazer!! Esta está a ser a grande novidade para mim, a descoberta do texto!
Quanto ao elenco, somos três homens e cinco mulheres, duas das quais será a primeira vez que trabalham com o grupo. Confesso que cada vez que me sento para um novo projecto tenho imensa necessidade de “sentir” o grupo de trabalho e apesar de estarmos sentados a ler texto e a discutir personagens e a actualidade, sinto que já somos um grupo, que já criamos um “ninho”.
Agora é como diz o Filipe, a peça será aquilo que fizermos dela. Então….. mãos á obra!
Catarina Ribeiro
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