segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Novo processo (2)

Desta vez calhou-me a fava de escrever o texto para o sítio da Internet.
Na verdade existem várias coisas acerca das quais poderia falar mas que infelizmente ficarão para a próxima.
Mas vamos ao que interessa…
Apesar de contarmos com novos elementos, o grupo de trabalho para mim não é uma novidade visto já nos conhecermos faz algum tempo e mesmo os “rookies” não são estranhos ao TAP e aos seus métodos, por isso parece-me existir um bom ambiente dentro da sala de ensaios.

Quanto ao trabalho propriamente dito:
neste momento estamos debruçados sobre as nossas personagens (sim, já estão definidas), de uma forma mais exaustiva (encenador assim obriga!!!), de forma a conseguir identificarmo-nos melhor com elas, entende-las e ao mundo que as rodeia. Só assim poderemos criar um espectáculo verdadeiramente atractivo, o que sinceramente esperamos que aconteça. Todos estamos a lutar para que este espectáculo seja um sucesso.

A palavra final pertence ao público… ou não. Um espectáculo, como já foi referido é aquilo que nós quisermos que seja e nós queremos que seja realmente muito bom. Para todos.
Vemo-nos num palco perto de vós.
Luis Catarro

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Novo Processo!

2010 - Iniciamos mais um processo! Encenador, Filipe Eusébio. A peça, “Só o Faraó tem alma” de Silveira Sampaio.
Estávamos numa reunião de produção quando o Filipe propôs que cada elemento do elenco semanalmente escrevesse uns parágrafos sobre a sua visão do processo. Esta semana calhou-me a mim.
Então comecemos do início…. A primeira vez que reunimos com o Filipe foi sem a surpresa inicial do “quem és?”, dado o Filipe já ter sido elemento do grupo durante muitos anos e ter-se afastado exactamente para seguir uma carreira profissional. Assim, propusemos que ele nos desse três propostas de textos para lermos em grupo e decidirmos em conjunto aquele que achávamos que seria o mais adequado ao que queríamos fazer neste momento. Algo que foi consensual foi querermos trabalhar um texto, uma peça que nos permitisse trabalhar as personagens de uma forma mais completa e ter um trabalho de actor mais denso.
No primeiro ensaio com texto apercebi-me que não íamos sair da mesa tão cedo, um método que me pareceu estranho pois nunca tinha trabalhado assim. Geralmente o encenador chega com tudo delineado e distribui, ou seja, um trabalho de mesa rápido e conciso e depois, fazer! Começamos a esmiuçar texto e a delinear os objectivos dos personagens. Ora então este personagem quer…… Uma tarefa aparentemente fácil mas que se tornou um desafio para todos nós. Algo que me fascinou pois, através da condução de pensamento do encenador, fomos nós que chegamos a uma conclusão através da discussão colectiva. Agravado por outra questão: “Então eu vou ficar sentada aqui estas horas todas?!?!?”. Aqui começou o primeiro desafio, trabalhar uma disponibilidade diferente para o trabalho. Observando o grupo e o que o Filipe nos queria transmitir através do seu método de trabalho, apercebi-me que efectivamente quando nos sentámos na mesa para trabalhar temos que ter uma energia e que essa energia ressente-se no grupo de trabalho. Antes de fazer temos que perceber o que fazer!! Esta está a ser a grande novidade para mim, a descoberta do texto!
Quanto ao elenco, somos três homens e cinco mulheres, duas das quais será a primeira vez que trabalham com o grupo. Confesso que cada vez que me sento para um novo projecto tenho imensa necessidade de “sentir” o grupo de trabalho e apesar de estarmos sentados a ler texto e a discutir personagens e a actualidade, sinto que já somos um grupo, que já criamos um “ninho”.
Agora é como diz o Filipe, a peça será aquilo que fizermos dela. Então….. mãos á obra!

Catarina Ribeiro

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010