terça-feira, 30 de março de 2010

CSI (cá se investiga)

Há várias semanas que o rumor se espalhou.
Reunido, não de emergência, porque este esquadrão encontra-se permanentemente de plantão, foi “destacada”, voluntariamente claro, a equipa necessária a tal investigação. Equipa reforçada com o retorno ao activo de dois “velhos” elementos. (Abraçooooooooo para a Inês e Catarro).Com a incorporação extraordinária de dois novos elementos, neste esquadrão, (Abraçãooooooooo Joana Eduarda ,abraçãoooooooooo Joana Ferreira ,a equipa estava reunida.
Como a preocupação desta equipa é sempre encontrar um bom resultado para as suas investigações ,convidámos um “velho” amigo, o Lipe, ou melhor dizendo, Filipe Eusébio, para coordenar e orientar os esforços ,emprestando assim o seu cunho pessoal, à realização de tão deliciosa tarefa.
Mas sem darmos conta, e como se de peste se tratasse, o rumor continuava a espalhar-se.
À mesa, quadrada ou redonda não importa, e munidos, ou quase, das mais altas técnicas laboratoriais, trazidas pelo nosso coordenador, começámos por analisar as circunstâncias gerais dos factos conhecidos.
Avaliados os factos e suas implicações, e na procura da verdade, convinha conhecer até ao mais ínfimo pormenor as personagens envolvidas em tais acontecimentos. Temos vindo ,episódio a episódio, a proceder a alguns ensaios (4ºs e 6ªs á noite e sábados á tarde) e reconstituições dos acontecimentos ocorridos até agora.
Sempre na demanda das origens do dito rumor, e sem informação alguma dos serviços secretos ,pois não dispõem sequer de nenhuma ocorrência digna de esse nome, esta equipa, decidiu trazer este fim de semana, para o “campo”(Stand do Teatro Amador Pombal presente na Semana da Juventude de Pombal) o seu trabalho. Porque, por outras razões não pude estar presente, estou certo que as origens do rumor terão sido,´possivelmente, mais esmiuçadas e esquartejadas.
Num trabalho de “campo” é sempre possível contactar de perto com as personagens, que foram alvo do nosso estudo.
Porque iremos continuar, com afinco, e com a mais alta energia a investigação, estamos certos que o relatório estará pronto em Maio.
Não perca o próximo episódio.

P.S O rumor continua e breve pode passar para lá de um simples rumor.
João Alegrete

terça-feira, 23 de março de 2010

Cucu! Esta sou: eu!

Entrámos na fase do “prazer” em grupo, isto é, uns vão trabalhar num acto, outros noutro. Começa então a haver uma certa independência na criação para nós nos explorarmos e à personagem.

Depois deste trabalho, as diferenças notam-se, especialmente na clareza dos objectivos da personagem e também dos “bits” mais apreendidos, por assim dizer. A senhora “correctora da bolsa”, por exemplo, perdeu o fôlego, tal era a força das suas falas. Ao sentir os “bits”, é mais fácil o respirar e a clareza das suas intenções.

No entanto e, como seres humanos que somos né?!, ao reunirmo-nos todos no mesmo espaço, algo se transforma. Podemos chamar pressão se calhar, que nos altera a intensidade com que fazemos as coisas. Esta noção e clareza de “intensidade” altera mesmo com pessoas com quem lidamos quase diariamente.

É necessário e, faz parte destas coisas, as alegorias à realidade para nos apercebermos da maneira como nós próprios nos entusiasmamos e fazê-lo na construção da personagem. Aqui entra o senhor encenador que introduz pequenos jogos que alteram a coisa por completo. Para quem “está de fora” a ver a coisa, foi tão notória a maneira como se fizeram as coisas que a vontade era que continuassem a “ser”. E não é que foi exactamente neste ponto que PUMBAS, acabou o ensaio?! Xiça peniko!

No último ensaio da semana, não tivemos toda a gente, logo correr quadros e actos torna-se mais complicadito. Assim, trabalhámos por “linhas de pensamento”. Era só “bits”, “bites” e “bitaites” eheheh. Para se ser, sê verdadeiro no que fazes e tudo brilha mais; nomeadamente os olhos do sr. Gomes. Pois parece que dá raivinha de vez em quando, pois dá! E eu já a senti. E é tão booooooommm! Eh eh!

Assim sendo e, após uma noite atribulada, vinda directinha das entranhas do subconsciente, acordo com o meu TPC, docemente emoldurado pela minha mãe:



São estes estados de espírito que contribuem sempre e, ao seu jeito, para a construção de…algo!
Já se vê o “narizito”!

Joana Eduarda

segunda-feira, 15 de março de 2010

Uma tarde de sábado...

Foto1 - Capa do texto "Só o Faraó tem alma". É waterproof...


Boas!


Acho que é o meu primeiro post na Sala de Ensaios (mais vale tarde do que nunca...) e vai ser mais um photopost (se é que lhe podemos chamar assim...).


Para falar do novo processo, optei por tirar algumas fotos no passado ensaio de sábado, a fim de dar a conhecer (apenas um cheirinho, claro...) a quem nos segue via internet, uma tarde de sábado na vida do TAP actualmente.













Foto2 - Mesas em U e o pessoal concentrado nas unidades. Não foi montagem...


Às 14.45h (preferencialmente, para o cafézito...) o pessoal começa a juntar-se. Às 15h começa o ensaio!! A pontualidade é importante! (Eu sei que talvez não seja a melhor pessoa para falar... :-P)

Ao entrar na sala há que dispor as mesas em U e sobre elas a nossa "matéria prima" - o texto; as ferramentas - lápis, afiadeira (afia, aguça, etc..) e borracha (muita borracha!) e por fim alguns "adereços" importantes - comida, cigarros, isqueiros, água, batons do cieiro, etc..


Foto3 - Alguns dos "adereços" que podemos encontrar nas mesas. Sim, comemos todos bolachinhas de água e sal...


Depois, e uma vez "instalados" correctamente na cadeira, é fazer o objectivo! Fazer, fazer, fazer!!! Répétition! Mas com "Espírito de Association"!


Ah! Mas nunca penses que já sabes como é! Por que não é assim de certeza... E o gozo está precisamente aí... a procura e a descoberta de lados teus que não conhecias... 8-D



Foto4 - Posição correcta a ter na cadeira. Parece estranha mas mantém-nos alerta e disponíveis para trabalhar!

Rita Leitão

segunda-feira, 8 de março de 2010

O (novo) Processo

Ora então esta semana cabe-me a mim escrever umas palavrinhas sobre “O Processo”.

Pois bem, então esta semana “vão levar” com um resumo, melhor, uma pequena sinopse (também não é bem o termo…) algumas anotações sobre “O Processo” … de Kafka.

Era uma vez um senhor chamado Joseph K que certo dia (mais propriamente no dia do seu 30º aniversário) recebe uma prenda mesmo fixe: É preso e acusado de um crime que não sabe qual é. Durante toda a obra o Sr. K tenta descobrir de que é que está a ser acusado e por quem mas não chega a conclusão nenhuma. Atacado pelo stress o senhor morre, ou melhor mata-se ou ainda melhor: manda matar-se.

Eu sei, estão todos a pensar: - Ó Inês… Isso é um bocado “traça à volta da lâmpada”… não era bem isso… percebeste mal o desafio.

Alguns (os mais intelectuais) estarão inclusivamente a rogar-me pragas pela minha interpretação minimalista e diria mesmo parva da obra de Kafka, mas a estes calo-os já com uma citação de Beckett que os vai deixar boquiabertos:

“Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail Again. Fail better”

Adaptada ao vocabulário da nossa sala de ensaio e ao grupo de trabalho (que somos pessoas rudes do campo) esta expressão pode resumir-se à famosa frase:

“Se é para fazer m****, faz uma GRANDE M****”

Escolho a expressão de Beckett como lema deste processo, onde arriscar, experimentar e brincar é imperativo.
Inês Falcão

segunda-feira, 1 de março de 2010

Só o Faraó tem alma!

O cenário: Nove cadeiras e cinco mesas dispostas em forma de U.

Os adereços: Folhas de papel, lápis e dois cinzeiros.

O drama: Um Maestro que não sabe cantar e os TPC’s.

O final: Nunca sabemos, mas os cinzeiros sofrem ligeiras alterações.

Antes de avançar é aconselhável clicar no seguinte vídeo (interessa mais ouvir o som do que ver as imagens, é uma escolha pessoal do Sr. Maestro).

queria dizer que todos nós sabemos que… bom, é melhor não ir por esse caminho, porque na realidade interessa procurar dizer aquilo que o Sr. Silveira Sampaio escreveu e o que esse Sr. escreveu, tanto podia ter acontecido há 2000 anos atrás, como acontece diariamente, basta ligar a TV, ler um jornal ou ouvir rádio para ficarmos a saber que o que todos querem é ALMA.

O principal é ter disponibilidade para trabalhar e lucrar (não estou a falar da Sr.ª Sekhmet!), as regras são simples (ou talvez não!), colocar os dois pés bem assentes no chão, desencostar-se da cadeira e em cada unidade fazer os objectivos da sua personagem. Nunca, mas mesmo nunca, fazer o seguinte:

FARAÓ vai ter chatices, o que é giro, principalmente para quem acha tudo aborrecido. E mais giro, ainda, é o facto de eu e vossemecês sermos os responsáveis por essas chatices. Vamos fazer com que o Faraó e a sua bela corte percam a cabeça (esta frase é engraçada, porque bela é a mulher do Faraó – Unatsi – e quem realmente vai perder a cabeça é outra pessoa – não estou a falar do Sr. Encenador – mas infelizmente também não se pode dizer o seu nome).

TEM de existir uma certa sede de conhecimento, uma vontade enorme de saber o que se passa à nossa volta, queremos INFORMAÇÃO, JÁ! Principalmente, aqueles que dão conselhos, não é verdade, Sr.ª Conselheira?

ALMA, s. f. parte imaterial do ser humano; interior dos canos das armas de fogo; peça dos instrumentos musicais de corda. Talvez a definição de alma ajude o Sr. General na criação do seu invento e já agora Grã Sacerdotisa a palavra é “imaterial” e não material… mas o verdadeiro significado da palavra ALMA talvez fique para um próximo texto.

Antes de terminar é aconselhável memorizar a frase que todos nós já aprendemos na catequese, que é:

Humberto Pinto